domingo, 31 de maio de 2015

CONTEMPLAR EM PAZ

Ó crua
luz vegetal
da minha rua
natal...

Contemplo os jacarandás,
que me olham com apego...
(Que negro
carrego
traz,
às costas, esse mancebo...!

A flor dos jacarandás
cobre-o de paz
e sossego...)

Tudo o que fui, de rapaz
sem ter cura nem conserto,
de boémio, ferrabrás
e estoira-vergas faceto:

tudo o que fui, de rapaz,
aqui jaz,
quando aqui chego...

No meio deste lilás,
o Sol dá comigo em cego.

Que sossego
tu me dás,
túnel de jacarandás...!

Que véu de paz
e sossego!...

RODRIGO EMÍLIO
(1944 — 2004)

sábado, 30 de maio de 2015

SANTA DO DIA

sexta-feira, 29 de maio de 2015

NOSSA SENHORA DA ROCHA E D. MIGUEL

No dia 28 de Maio de 1822 apareceu uma Imagem de Nossa Senhora da Conceição  a uns jovens que brincavam numa gruta junto à ribeira do Jamor no lugar da Rocha (freguesia de Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa).
Transcrevo de seguida o texto dum folheto da época sobre a referida Aparição:
«Sempre acontece em todos os tempos à Nação Portuguesa, nas épocas em que a mesma precisa de protecção superior, para se levantar dos precipícios a que se tem visto exposta! Então, a Divina Providência agracia esta Nação, com um singular, ou particular, prodígio: tal é a fé com que muitas almas boas, conservando-se firmes, e constantes, no bem estar da Religião, oram incessantemente a Deus pelas necessidades da Pátria.»
Acrescente-se, a título de curiosidade, que, no ano seguinte, precisamente na véspera do aniversário desta Aparição, o futuro Rei D. Miguel fará a sua primeira grande arrancada nacional com a Vilafrancada. Nestas coisas de Deus e da Pátria, não há coincidências —  existem, isso sim, convergências.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

28 DE MAIO DE 1926

É costume esquecer que os futuristas são contemporâneos dos integralistas e dos rapazes do CADC, de quem já nos ocuparemos adiante: em Fevereiro de 1912 aparece em Coimbra o «Imparcial» dos jovens católicos, em Abril de 1914 é a «Nação Portuguesa» dos integralistas que inicia a sua marcha, em Abril de 1915 surge o «Orpheu»; António Sardinha nasce em 1887, Fernando Pessoa em 1888, Oliveira Salazar em 1889. Quer dizer que se processam simultaneamente essas três reacções nacionais — a que havia de seguir-se, na década imediatamente posterior, a dos «seareiros» —, uma de tipo sobretudo estético, outra de carácter principalmente político e uma terceira de índole essencialmente religiosa, contra a decadência, o estrangeirismo, e a fragmentação partidária que o liberalismo instalara entre nós, processaram-se ao mesmo tempo e fatalmente se influenciaram e interpenetraram (Pessoa colabora no «Eh Real!» do integralista João do Amaral, Sardinha colabora na «Contemporânea» do futurista José Pacheko, Salazar vem a encontrar apoios fundamentais no integralista Manuel Múrias e no futurista António Ferro).
In História do 28 de Maio, de Eduardo Freitas da Costa, Edições do Templo, Lisboa, 1979.

DEUS, PÁTRIA E REI

Sem Deus e a Pátria, para a Filosofia política portuguesa, o Rei é um fantasma, uma sombra, carimbo ou chancela, títere ou absurdo.
Onde falta Deus, o Rei é como uma árvore sem raíz, casa sem alicerce, poder sem legitimidade; onde falta a Pátria, o Rei não tem razão de ser, porque precisamente o conceito de Pátria é incompleto, se lhe falta aquilo que torna indispensável a existência da Realeza hereditária.
Estas três verdades são irredutíveis; porque se, sem Deus, a Pátria é um mito, sem o Rei, nem o poder de Deus encontra o seu legítimo executor, no mundo da Política, nem a Pátria possui o elo que prende eficazmente, através dos tempos, as gerações, e as torna solidárias ou colaboradoras na procura normal dos seus destinos. É por isto que me oponho sempre ao lugar-comum estafado da «Pátria ao alto!», muito da predilecção de certos pataratas, e não considero doutrinariamente monárquico o que o repete e aplaude.
(...)
E rejeito o lugar-comum, não porque subalternize a Pátria, é evidente; mas porque não distingo a Pátria da Realeza, visto a Pátria portuguesa ter sido obra da Realeza hereditária.
Há quem não goste de que se diga isto e de que se escreva isto. Mas os que não gostam fariam melhor se, em vez de não gostarem, estudassem a História do seu País...
ALFREDO PIMENTA
(1882 — 1950)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

DO ETERNO RETORNO E SUAS VANTAGENS

Andarmos em círculos propicia podermos descobrir algo que nos tenha escapado nas voltas anteriores.

terça-feira, 26 de maio de 2015

DO MISTÉRIO DA RAZÃO

Quanto mais pratico o pensamento racional mais ele me reconduz à minha congénita mentalidade mítica.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

MONARQUIA PORTUGUESA E CINEMA NACIONAL

Manuel Maria da Costa Veiga inicia a sua actividade cinematográfica como exibidor de filmes estrangeiros em Lisboa. Embora residente em Algés, era uma típica figura da Capital na viragem do século XIX para o XX — dandy alto e espadaúdo, de farta mas cuidada barba à moda. Além do mais, era um curioso e especialista em mecânica e electricidade, o que lhe conferia uma aura de mágico, nesses tempos da iluminação a gaz.

Costa Veiga ajudou Edwin Rousby na primeira exibição em Portugal de imagens em movimento, que decorreu no Real Coliseu da Rua da Palma (hoje desaparecido, para dar lugar a tristes pseudo-arquitectónicos caixotes pós-modernos); sessão essa que teve na assistência o Infante D. Afonso, irmão do Rei D. Carlos I, o que revela o empenho da Casa Real nas novidades científicas e artísticas que estavam a surgir, na Europa, na sequência da primeira apresentação pública — em Paris, a 28 de Dezembro de 1895 — de imagens captadas, reveladas e projectadas pelos irmãos Lumière, com a sua maravilhosa máquina Cinématographe.

A referida estreia lisboeta aconteceu em Junho de 1896 e nela foram projectadas fitas rodadas à volta do Mundo por operadores do pioneiro londrino Robert-William Paul. Foi um sucesso público, esta iniciativa do misterioso exibidor itinerante (húngaro ou americano, ninguém sabe) Edwin Rousby, «o electricista de Budapeste». Este, em Setembro, propicia nova sessão pública em Lisboa, agora com películas já filmadas no nosso País, pelo operador Harry Short, que Paul mandara para o sul da Europa à caça de imagens. A Cinemateca Portuguesa possui dois destes filmes: A Boca do Inferno e A Praia de Algés na Ocasião dos Banhos. Em Janeiro de 1897, Rousby parte definitivamente de Portugal, mas deixa em Lisboa a semente da cinefilia.

Depois deste flashback, para enquadramento histórico da aparição do Cinema («Animatógrafo», nas palavras de então) em Lisboa, vamos ao nosso pioneiro: Costa Veiga, após várias tentativas falhadas nesse sentido, conseguiu estabelecer-se como exibidor, inaugurando o Éden Concerto, aos Restauradores, e a Esplanada D. Luiz Filipe, em Cascais. Não tardou, no entanto, a dar o salto para a produção de filmes. Assim, aproveitando a estada sazonal do Rei D. Carlos em Cascais, no Verão de 1899, filma a Pessoa Real na praia, capta mais algumas vistas da então famosa estância balnear, e, finalmente, apresenta a sua primeira película: Aspectos da Praia de Cascais.

Foi o início de uma carreira de grande actividade como documentarista (palavra e conceito inexistentes à época, mas é disso que se trata), que atravessará toda a primeira década do século XX, registando os principais acontecimentos sociais e políticos, com a sua câmara inglesa Urban.

As vindas a Portugal de Chefes de Estado, e outras altas figuras, não lhe escaparam; e, temos, assim, a Série — interessante e fundamental para a compreensão da História da Europa — «Visitas a Lisboa»: Eduardo VII (1903), Afonso XIII (1903), Duques de Connaught (1903) Imperador da Alemanha Guilherme II (1905), Presidente de França Émile Loubet (1905), Rei de Saxe (1908).

Por este motivo, ficou conhecido por «Cineasta dos Reis», em oposição jocosa ao seu contemporâneo Aurélio da Paz dos Reis, «o Reis Cineasta», do Porto — primeiro português a dar à manivela uma câmara de filmar; e, revolucionário republicano, por sinal… Deste, falaremos noutro dia.

Entretanto, Costa Veiga fundou uma empresa produtora de Cinema — Portugal Filme —, continuando ainda a sua actividade profissional nos ramos da exibição e distribuição de fitas. Descobriu também, para o Cinema Português, Artur Costa de Macedo, que viria a ser um dos nossos melhores directores de fotografia, decisivo na Época de Ouro do Cinema Português (décadas de 1930 e 1940), e que trabalhava antes na garagem Auto-Palace, ao Rato.

Num tempo muito anterior ao advento da Televisão, era através do Cinema que os Estados comunicavam com os seus cidadãos e passavam para o exterior as imagens do País. Neste contexto, os filmes de Costa Veiga fizeram parte de uma grande e última ofensiva diplomática da Monarquia Portuguesa. A já referida Série «Visitas a Lisboa» foi distribuída por toda a Europa, com o apoio do Rei D. Carlos, mostrando Lisboa, como capital cosmopolita, acolhendo as principais figuras políticas do Mundo.

Note-se que os filmes, embora numa fase embrionária da Sétima Arte — em formato de curtas-metragens, a preto-e-branco, mudos —, eram um negócio rentável; e, Costa Veiga pôde enriquecer com a produção, distribuição e exibição de fitas, despertando, desta maneira, o apetite de muitos outros para esta indústria, os quais não tardaram a aparecer, em força, em Lisboa.

Sendo Costa Veiga «O Cineasta dos Reis», de facto, pode também dizer-se que a sua carreira sofre um grande abalo com o horrível Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908 no Terreiro do Paço. Temos assim — simbolicamente — como uma das últimas obras do realizador: Os Funerais de S. M. El-Rei D. Carlos I e do Príncipe Real D. Luiz Filipe (1908).

Agora, em 2015, depois de passados 107 anos sobre o cobarde crime que foi o assassinato à traição do Chefe de Estado no Terreiro do Paço, não será a hora de se desenterrarem e exibirem os filmes do pioneiro lisboeta — do Cinema Nacional — Manuel Maria da Costa Veiga?

PELA LEI E PELA GREI

Trono e Altar continuam a sofrer ataques diários. Não vale a pena dar exemplos, há-os aos pontapés nos merdia. Agora, parece que a última especialidade é bater em mortos reais assassinados violentamente à traição. Perante isto, católicos e monárquicos, volta e meia, quando a coisa passa os limites da decência, perdem a paciência e lá reagem. Mas assim não vamos a lado nenhum. Só quando houver uma renovada aliança entre as variadas forças vivas da Tradição poderemos fazer frente à imparável ofensiva ateia e republicana. E contra-atacar. Por Deus, Pátria e Rei.

sábado, 23 de maio de 2015

DA AMIZADE

Mais ainda do que partilharem recordações únicas de momentos que viveram juntos, o que une para a vida os verdadeiros amigos é possuírem um sentido de humor inacessível aos demais.

DO SENTIDO DO HUMOR

Considero a ironia como a mais elevada forma de humor. Infelizmente, esta arte é totalmente estranha aos tristes portugueses de hoje em dia. Pequeno-burgueses e grandes burgessos à deriva nestes tempos pós-modernos e pré-apocalípticos. Esses tão betos quão semi-analfabetos indivíduos só soltam o riso com larachas brejeiras. Porém, volta e meia, vale a pena insistir na purificadora ironia. Água mole... 

HÁ LETRAS E LETRAS

Os jornais mostram o efémero e os livros guardam o eterno.

JÁ BAIXÁMOS AO 3.º MUNDO?

Será impressão minha ou — atendendo a design, cores, caras e mensagens —  os outdoors desta pré-campanha eleitoral têm como target criaturas semi-analfabetas do 3.º mundo? Depois venham-me cá falar da geração portuguesa «mais qualificada de sempre».

DIZ-ME COMO DIZES E DIR-TE-EI QUEM ÉS

Eu digo Estádio Nacional.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

DESPERSONALIZAÇÃO ATRAVÉS DO PROGRESSO

Quando deixei de usar caneta-de-tinta-permanente, cedendo por preguiça ao comodismo da esferográfica, muito se ressentiu a minha caligrafia. Agora, que passei a escrever directamente neste maldito teclado, digo definitivamente adeus à marca identitária da escrita à mão.   

quarta-feira, 20 de maio de 2015

DASABAFO HISTÓRICO-SOCIOLÓGICO

Detesto o facto mundano de as mulheres adoptarem e usarem os apelidos dos maridos (mais um mau hábito introduzido pelo Liberalismo em meados do século XIX), na medida em essa prática corriqueira me troca as voltas nas deduções genealógicas. Isto é: fico sem saber «quem é quem».

DA GINÁSTICA GENEALÓGICA

Num jantar social, dos raros a que vou, e que guardo na memória com gosto, fui encaixado entre duas jovens senhoras. Sabendo eu que o anfitrião, todo ele protocolar e palaciano, não dá ponto sem nó, calculei logo haver afinidades entre nós os três. Confrontado com os nomes — ilustres, mas de paragens distantes — das bonitas vizinhas de mesa, não vislumbrei qualquer ligação a mim, nem à minha gente. Estranhei então que se referissem ambas a antepassados meus, com familiaridade, contando episódios do Alentejo de outras eras. Depois de vários exercícios de ginástica mental da minha parte, solitários e sem sucesso, não hesitei mais e perguntei-lhes quem eram. Afinal, tratava-se de irmãs — uma loira, outra morena —, e de uma família que conviveu com a minha ao longo de várias gerações; mas, como ostentavam orgulhosamente os apelidos dos senhores seus maridos, longe estava eu de poder adivinhar quem seriam. Tudo isto me levou a concluir, mais uma vez, que triste é este hábito, introduzido pelo Liberalismo e consagrado pela República, de as senhoras adoptarem o nome dos maridos e de deixarem cair o do seu sangue — de pai, mãe, e avós. Assim, arriscamo-nos a falar uma noite inteira com primas sem o saber. Mudem lá isso!

MODERNICES OU PASSADICES

Recebo um mail proveniente de alguém que, aparentemente, não conheço. De seguida, atendo um telefonema indignado: «— Então?!... Não me ligas nenhuma!». Reconheço-a pela voz. Esta velha amiga tem por hábito adoptar os apelidos dos sucessivos maridos. É para aí o quinto nome com que se me (re)apresenta. O mais curioso é que mantém sempre também os apelidos dos anteriores maridos após os divórcios. Assim, o seu nome completo assemelha-se ao de uma senhora da alta nobreza do século XVIII.

BLOGUE QUE VISITA ESTE E QUE ESTE VISITA (COM HONRA E PRAZER)

Saudoso blogue colectivo onde escrevi. Nasceu de uma tertúlia semanal gastronómico-cultural de um grupo de amigos bibliófilos e bloguistas. O almoço literário deixou de realizar-se e o blogue tem as publicações suspensas. Curiosamente, mesmo assim, de lá provêm, ainda hoje, grande parte das visitas do Eternas Saudades do Futuro

terça-feira, 19 de maio de 2015

VIVA O BENFICA!

Não sendo hábito escrever aqui sobre Futebol, abro hoje uma excepção para referir o Benfica. Já agora, explico que não costumo falar desse assunto porque sou contra a profissionalização de todo e qualquer ramo dessa nobre actividade humana chamada Desporto. Dito isto, falo do Benfica na medida em que este grandioso e glorioso Clube transcende essa limitação, pois é uma comunidade de destino comum que tem muito mais a ver com uma Nação do que com uma simples agremiação ou empresa. Além do mais, possui uma dimensão universal; aliás, como o verdadeiro nacionalismo português, todo ele católico. Remato então dizendo que tive este Domingo uma grande alegria, como não tinha nesta matéria desde os meus queridos idos 18 anos de idade, quando o Benfica foi, na vez anterior a esta, vencedor, por duas vezes seguidas, do Campeonato Nacional.

sábado, 16 de maio de 2015

DA ESSÊNCIA DO BLOGUISMO (OU DIARISMO)

A maturidade de bloguista atinge-se quando ele publica as suas mensagens como se as estivesse a escrever só para si num caderno de apontamentos pessoal, qual diário privado. Sem fazer nada por isso, senti, de um dia para o outro, que cheguei a essa fase. Repentinamente e recentemente. Escrever como se ninguém estivesse a ler. Sublime prazer libertador, este.
E, contudo, fazendo-me despertar deste solitário sonho, diz-me o Blogger em relação ao Eternas Saudades do Futuro que o histórico total de visualizações de páginas desde Julho de 2010 (não há estatísticas anteriores) é de 195 966.
 
 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

PARA A COMPREENSÃO DO ISLÃO

O Islão e o Ocidente — A Grande Discórdia, Jaime Nogueira Pinto, Publicações Dom Quixote, Alfragide, 2015.

DA IMORTALIDADE

É sempre agradável descobrirmos que certa pessoa não é exactamente como esperávamos que fosse, que não corresponde à ideia que dela tínhamos. Quando um homem pertence a um tipo determinado é porque está morto, condenado. E se ele não pertence a nenhuma das categorias catalogadas, se não é representativo de nenhuma, então tem já metade das qualidades que dele deveremos exigir: libertou-se de si mesmo, detém uma parcela da imortalidade.
In O Doutor Jivago, de Boris Parternak

quinta-feira, 14 de maio de 2015

DA ORTOGRAFIA NO ETERNAS SAUDADES DO FUTURO

Ao longo de muitos e bons séculos, durante a quase oito vezes centenária saudosa Monarquia Lusitana, a Língua Portuguesa cresceu bem e evoluiu ainda melhor, de forma natural e orgânica, tendo sempre a guiá-la, na sua ortografia, como sábios quadrantes orientadores, a etimologia e o bom-gosto.
Depois, veio a República e tentou «reformá-la», logo em 1911. E, de lá para cá, tem sido um desvario de famigerados «acordos»: 1945, 1973, 1975, 1986, 1990; enfim, a famosa pulsão igualitária, unificadora e ditatorial, da Revolução, que quer fazer  — à má-fila e à viva força  — tábua-rasa da Tradição.
Contra ventos e marés, desprezando modas passageiras, no Eternas Saudades do Futuro continuar-se-á a escrever do modo que o autor aprendeu, na certeza de que resistir às efémeras injustiças é meio caminho andado para vencê-las. 

POEMAS MARIANOS PARA O MÊS DE MARIA

Matando a Sede nas Fontes de Fátima, Rodrigo Emílio, Antília Editora, Porto, 2006.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O EXTRAORDINÁRIO CASO DA BANDA DO CASACO

Recebi vários mails de leitores querendo saber mais sobre a Banda do Casaco, da qual aqui publiquei recentemente dois vídeos. Remeto-os para a respectiva entrada da Wikipédia (clicar aqui), mas prometo que tentarei em breve escrever um pequeno texto sobre esta tão grande quão desconhecida banda nacional.

PAÍS: PORTUGAL — BANDA DO CASACO


BLOGUE QUE VISITA ESTE E QUE ESTE VISITA (COM HONRA E PRAZER)

O Inimputável.
Nota: Infelizmente, desapareceu (nem sequer já se encontra online). O Inimputável continua ainda, porém, a ocupar um lugar de destaque nas fontes de tráfego do Eternas Saudades do Futuro, juntamente com os blogues anteriormente referidos na série de mensagens com este título.

sábado, 9 de maio de 2015

SALVÉ MARAVILHA — BANDA DO CASACO


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Corta-fitas.

Nota: Entretanto, constatei, com estranheza, que o Corta-fitas já não tem nas suas ligações o Eternas Saudades do Futuro.

MANUELA MOURA GUEDES CANTA MIGUEL ESTEVES CARDOSO


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sexta-feira, 8 de maio de 2015

DO ILUSIONISMO SOCIALISTA E DO REALISMO CONSERVADOR

Rio-me ao ver os resultados das eleições no Reino Unido. Depois de jornalistas, comentadores políticos e espertos das sondagens, todos eles formatados pelo marxismo cultural, terem anunciado, durante semanas a fio, a vitória dos trabalhistas (equivalentes aos socialistas cá do rectângulo), eis que os conservadores vencem com maioria absoluta.
Para compreender a razão fundamental — bem como o verdadeiro alcance — da vitória conservadora, vale a pena ouvir com atenção o discurso de Páscoa de Cameron (aqui). 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

DA SÉTIMA ARTE COM MÚSICA AO VIVO E TUDO

Os leigos não costumam saber; mas, é certo e sabido, entre os cinéfilos, que os filmes do Cinema Mudo tinham uma partitura musical que se destinava a ser interpretada, ao vivo, na sala, aquando da sua projecção. Os grandes realizadores dessa Época de Ouro da Sétima Arte tinham por hábito encomendar a um compositor da sua confiança estética esse trabalho criativo. O resultado da conjugação das imagens em movimento com a música dava a essas fitas uma força que as elevava ao nível de grandioso espectáculo, num curioso paralelo com a Ópera (expoente máximo de Arte Total).
Dito isto, após ter assistido a muitas dessas sessões, que, em boa hora, têm vindo a acontecer desde os anos de 1990 para cá, num interessante movimento de redescoberta da saudosa Era cinematográfica de 1895-1930, em instituições como a Cinemateca Portuguesa, Centro Cultural de Belém, etc., acabei de presenciar, pela primeira vez na vida, uma exibição de um filme sonoro em que a música foi interpretada ao vivo, sendo os restantes elementos da Banda Sonora (ambiente e voz) mantidos nas respectivas pistas da película.
Ainda por cima, a fita é um dos filmes da minha vida e da autoria de um dos realizadores do Cinema Moderno que mais admiro. Só posso dizer que valeu a pena viver até aqui para ver e ouvir! Acabadinho de chegar do ensaio-geral, ou ante-estreia, aconselho vivamente o espectáculo aos meus leitores e deixo-lhes aqui o link.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

BLOGUE QUE VISITA ESTE E QUE ESTE VISITA (COM HONRA E PRAZER)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

DA ARMÉNIA, PRIMEIRO PAÍS CRISTÃO DO MUNDO

Hoje é dia de S. Gregório, o Iluminador. Viveu entre 240 e 325. Primo do Rei da Arménia, e seu director espiritual, foi responsável por este ter tornado a Arménia o primeiro país do mundo a adoptar o Cristianismo como Religião de Estado (muitas décadas antes do Império Romano fazer o mesmo). Este Bispo tirou assim os Arménios das trevas e levou-os à verdadeira luz que é Cristo. 

sábado, 2 de maio de 2015

ESPERANÇAS DE PORTUGAL, QUINTO IMPÉRIO DO MUNDO

A verdadeira prova do espírito profético nos homens é o sucesso das causas profetizadas. Assim o prova a Igreja nas canonizações dos santos, e os mesmos profetas canónicos, que são parte da Escritura Sagrada, fora dos princípios da Fé não têm outra prova de verdade das suas revelações ou profecias, senão a demonstração de ter sucedido o que eles tantos anos profetizaram.
PADRE ANTÓNIO VIEIRA
(1608 — 1697)