sábado, 14 de março de 2015

VANGUARDA TRADICIONALISTA

Os verdadeiros tradicionalistas portugueses nunca estão sós. Eles avançam —  em direcção ao futuro — na vanguarda do, invisível e invencível, exército dos seus avós. E, para isso, precisam conhecê-los, como de pão para a boca.
Hoje em dia, a maior parte da gente, infelizmente, não sabe, nem quer saber, que cada indivíduo, além de pai e mãe, tem 4 avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 tetravós, 64 pentavós, 128 sextos-avós, 256 sétimos-avós e, por aí afora, sempre a duplicar, até à geração da Fundação Nacional, nascida por volta de 1100, onde cada um de nós contará com 2.147.483.648 trigésimos-avós (é claro que, devido à habitual consanguinidade, este número corresponde, de facto, a muitíssimo menos pessoas).
Esta enorme hoste de mortos constitui o sustento carnal e espiritual de qualquer tradicionalista que se preze. Por esta razão, faz-me imensa confusão que existam portugueses que se dizem nacionalistas, ou se afirmem patriotas, desconhecendo a sua genealogia; e, até, desprezando-a enquanto ciência.