segunda-feira, 9 de março de 2015

DA LUTA PELO POLEIRO NO CONTINENTE E ILHAS

A política praticada pelos partidos do sistema é tão tristemente previsível que nunca aqui falo dela. Apesar disso, há certas coisas que vale a pena referir, quanto mais não seja, a título de aviso, para que os meus leitores não sejam tomados por parvos.
Parece que arranjaram para aí, já há uns tempos, um novo tema, que anda na boca de políticos, comentadores e jornalistas, arvorado em questão nacional e feito «tabu» (velha técnica de comunicação rasteira, para entreter papalvos). Trata-se da coligação, para fins eleitorais, entre os dois partidos que descompõem o actual desgoverno da república portuguesa, outrora grande país chamado Portugal. Ora, obviamente, esse contrato só poderá ser feito após umas eleições de que, curiosamente, ninguém fala — as da Madeira, que se realizarão neste mesmo mês de Março. E é óbvio por uma simples razão: os dois partidos do desgoverno nacional vão entrar nessa corrida não só separadamente mas ferozmente um contra o outro; portanto, apenas depois de arrefecerem os calores dessa refrega sub-tropical os líderes dessas duas agremiações irão anunciar o seu casamento, qual profana aliança.
Já agora, por razões cómicas, vale a pena espreitar o panorama eleitoral do Arquipélago em causa e ver a bizarra coligação comandada pelos socialistas, prova evidente de que, quando cheira a poleiro, vale tudo.