segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CADERNOS INTERATLÂNTICOS (33)

Decisiva para o desfecho da chamada II Guerra Mundial foi a decisão de Rosenfeldt, ou melhor, Roosevelt, de armar a União Soviética do “Uncle Joe”. O presidente americano, de certeza embalado na doce melodia dos “amanhãs que cantam”, enviou ao camarada georgiano 490.000 camiões (a ofensiva “aliada” na Europa utilizou 420.000), 23.000 aviões e canhões anti-aéreos, mais de 10.000 blindados de combate, 2.000 locomotivas, 11.000 carruagens de comboio, centenas de milhões de litros de combustível, quase 20 mil milhões de dólares em fornecimentos diversos, etc. Como resultado do simpático gesto do velho Franklin, meia Europa – e não só – pagou a factura com sangue e escravidão por meio século. Ásia, Ibero-américa e África foram devidamente contempladas com o respectivo quinhão. A factura portuguesa, enviada em parcelas,  foi pesada – afinal, um Portugal euro-ultramarino, e ainda mais governado segundo o interesse nacional, era um estorvo inaceitável para os grandes senhores do planeta.  E que dizer quando pensamos na pobre rica Angola, onde, no meio de matanças e destruições inenarráveis, a tirania marxista sustentada pela URSS e as grandes empresas petrolíferas internacionais coabitavam modelarmente?  Cada dia estou mais convencido de que há para aí uma força antiga e oculta que criou uma coisa que dá pelo nome de “capitalismo” e outra conhecida por “socialismo” para melhor dominar as sociedades.  Dá com uma ou com outra a fim de manter o gentio na senda desejada. Mais do que sócios no essencial e adversários do acessório, capitalismo e socialismo são criados do mesmo patrão.  Aí está uma boa chave para a compreensão da História.

Até para a semana.

Marcos Pinho de Escobar