quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

DO INTEGRALISMO LUSITANO (II)

Sem desenvolvimentos, sem demonstrações, vou apresentar, nas suas linhas gerais, o itenerário descoberto por pensadores como de Maistre, Bonald, Le Play, Fustel de Coulanges, la Tour du Pin, Comte, Le Bon, Maurras, G. Valois e tantos outros, que conduz à Monarquia Tradicional. Como convém, começarei pela bússola, isto é, pelo método. Repilo aquele de que usa e abusa a ciência política das universidades, esse método que consiste em fabricar prolixas tautologias sobre ideias metafísicas tradicionais ou sobre conceitos de um abusivo antropomorfismo, do que são característicos exemplos — a Soberania, o Estado-Pessoa... E positivamente reconheço na ciência política o carácter de ciência experimental, de que a História contém a substância empírica.
A História, pois, fornecerá as induções de que se deduzirá a construção política.

José Pequito Rebelo, Pela Dedução à Monarquia (1914 - 1944), Edições Gama, Lisboa, 1945.