sábado, 7 de maio de 2011

CATARINA SAYS...





"Ao desígnio da matéria opõe-se um outro,
Onde o perfume da eternidade é tão intenso que basta fechar os olhos para a ver"

Partilhar está na ordem do dia. Partilhar deve ser a palavra posta em pratica sem hesitações.
Partilhar é dar o que se sente.
Ordenar a ordem da realidade na partilha da verdade.
Estamos ligados, não estamos sozinhos.
Que a globalização sirva exactamente para contrariar as ilhas do individualismo, e que se desenhe através dos meios que temos, (e não são poucos, diga-se) um mapa mundo de comunicação comum.
De que serve guardar para nós, as coisas boas que temos, que pensamos, que criamos, que imaginamos? Não nos leva a lugar nenhum, porque os outros não nos adivinham...A partilha é o oposto disto, é dar o que sabemos pensar, é deixar entrar os outros nos nossos sonhos que assim se tornam mais possíveis, é estar atento e multiplicar.
A partilha gera partilha, e assim se contagia.
Este é o networking que vale a pena, pelo encontro e mais valia que surge, no reconhecimento de não sermos únicos, sendo, mas pelo resgate da compreensão dos outros por nós.
E depois é escolher, porque na liberdade de expressão que temos, em boleia gratuita, podemos escolher quem queremos pela diferença ou igualdade de pensamento, de atitude.
É muito através dos outros que crescemos aprendendo. Há pessoas no meu mapa que já sei que não abro mão. Porque passaram a fazer parte dele. E preciso dessas pessoas para que a minha vida se ria e respire melhor..
Só me faz sentido que assim seja. Não vale tudo, claro. Não se dá ao desbarato impondo as nossas regras aos outros. Eu falo de partilha humilde, falo de dar o melhor que sabemos e temos, porque algures alguém pode vibrar e crescer com isso.
É evidente que a partilha requer transparência acima de tudo. Requer que se assuma o que se é numa verdade estanque e sem batotas. Essa contabilidade interna que podemos todos fazer, quando nos apetecer sem cobranças, sem facturas.
E esta é a verdadeira liberdade: a da escolha.
Mas, para se escolher, é preciso estar aberto e mostrar o que se é.
A Alma não se deve poupar num acto egoísta ou solitário...para a Economia da Alma, existe igualmente a lei da oferta e da procura, ou seja: dar e receber e assim evoluir.
Numa medida equilibrada e ponderada.

Partilhar é dar de nós, é o direito nosso e dos outros de existir assim mesmo. E sê-lo. Percebemos assim melhor para que serve a eternidade. Ficamos mais perto de nós, através dos outros.

Catarina Hipólito Raposo