quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ESTRAGAM-ME COM MIMOS

Para acabar o meu querido mês de Setembro em beleza nada melhor do que este post que Miguel Vaz gentilmente me dedica. Vale a pena ter em atenção que acredito ser o Minoria Ruidosa o mais interessante blogue feito por um jovem daquela geração.

PARA LER COM ATENÇÃO:

CONTEMPLAR, QUERER E AMAR

VOAR, VER E ESCUTAR

DA TURBAMULTA

Num dia assim, com esta luz e este céu azul da cor do mar, Lisboa até parece uma bela cidade para se viver e trabalhar; mas, olhando em volta e tendo de lidar com a gente que agora a povoa — tristes mas contentinhos, baixinhos mas empertigados, indolentes mas «com muito trabalho», todos sempre com a desculpa na ponta-da-língua para as suas incompetências —, é obrigatório concluír que esta nova arraia-miúda (do fidalgo indigente ao plebeu desconfiado, passando pelo burguês usurário) não é digna da grande cidade. Se nunca tivessem saído das suas terras, talvez fossem felizes na sua humildade; assim, não passam de incomodativos mosquitos que temos de enxotar a toda a hora do dia. Graças a Deus, à noite desaparecem!

DA RESSURREIÇÃO DAS TERTÚLIAS

Ler jornais? Não. Ver televisão? Também não. Folhear revistas culturais? Não, não, e não. Então, o rumo de quem quer manter a mente lúcida — e o bom-gosto a salvo — é só um: trocar ideias com gente que pensa pela sua própria cabeça — e que sabe estar à mesa e aprecia um bom vinho e gosta de uma boa conversa —, mas que não se acomoda aos rasteiros confortos pequeno-burgueses, nem embarca em delírios optimistas, nem alinha em salamaleques. Urge pois revitalizar as tertúlias — lugares mágicos, feitos por homens cultos, onde se dissemina sabedoria que germina no futuro.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AFINIDADES AFECTIVAS

Já que estou em maré de intimismo blogosférico, há que escrever aqui que estas palavras de Helena Sacadura Cabral me ficaram gravadas na alma.

BEM-HAJA!

Fiquei sem palavras, perante este post do Tiago Moreira Ramalho. Ainda para mais, não conhecendo eu este meu confrade bloguista.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DEIXAR ENTRAR AR

POLÍTICA EDITORIAL DE SINCERIDADE

Há uma série de blogues que — por razões diferentes (cada caso é um caso) — deixei de ler. Defini, desde o princípio desta aventura, a regra simples de estabelecer ligações permanentes apenas a blogues que leio; recuso-me a usá-los para enfeitar as «paredes» — detesto bibelots e penduricalhos! Tudo deve ter uma função, caso contrário não está a fazer nada numa «casa».

SENSORIALIDADE E ESCRITA

O dia divide-se em: horas visuais (as da manhã); horas sensuais (as da tarde); horas musicais (as do cair do dia). O que se faça nas horas visuais resulta nítido de contornos em conceitos e frases. Nelas escrevem os aforistas e melhor trabalham os pintores. Nas horas sensuais estão despertos os baixos sentidos — tacto, paladar e olfacto. São as horas de apalpar, de comer e de cheirar; e vão do meio-dia às quatro ou cinco da tarde, no inverno. O que se escreve nesse intervalo vem repassado desse sentidos. Cai a tarde, são as horas musicais. Então desperta o prazer do ouvido, e a prosa ou o verso são harmoniosos e ritmados.
São as horas estilísticas. Assim o género do poeta ou prosador é conforme as horas em que escreve: os clangorosos derrotistas escrevem de noite. Os variados em imagens escrevem de manhã. Os encharcados de sensorial carnal, os amorosos directos, escrevem do meio-dia às quatro, no inverno. Os doces de linguagem, de ritmo, os amorosos platónicos, escrevem por volta do sol-posto.
In Poesia e Alguma Prosa, de Mário Saa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Biblioteca de Autores Portugueses, Lisboa, 2006. (In «Dez minutos com Mário Saa — Excerto de uma entrevista», Diário de Lisboa, 24 de Janeiro de 1936.)

domingo, 27 de setembro de 2009

SUBTILEZAS DE UM PAÍS SÁBIO E ANTIGO

Ao terceiro dia, diz a inglesa à sua anfitriã portuguesa:
— Que país tão estranho o teu. Tu és a «senhora dona» Maria, a tua filha é a «senhora doutora» Maria, a mulher da loja é a «dona» Maria, a caseira é a «senhora» Maria, e a criada é Maria.
Responde a amiga portuguesa:
— Deixa estar assim, que está muito bem. Não vês que somos Marias, mas não somos todas iguais? Temos de nos distinguir de alguma maneira...

sábado, 26 de setembro de 2009

ESSA É QUE É ESSA

Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és. O carácter de uma raça pode ser deduzido simplesmente do seu método de assar a carne. Um lombo de vaca preparado em Portugal, em França, ou Inglaterra, faz compreender talvez melhor as diferenças intelectuais destes três povos do que o estudo das suas literaturas.
Eça de Queiroz.

DELICIOSO!

Para se avaliar do grau de civilização da nossa cozinha, basta dizer que considerando os alimentos crus, tal como os ingerem os selvagens bestiais da Polinésia, e algumas espécies de índios da América do Sul, como primeiro estádio duma escala destinada a indicar a cultura do homem, sob o ponto de vista da alimentação, nós estávamos há dois séculos já na idade dos guisados, enquanto o grosseiro inglês permanece ainda nas carnes sangrentas, reminiscência dos períodos antropófagos, e o ardiloso francês nas massas e picados, isto é, nos jantares em pílulas, cujo último resultado é nada menos que a supressão do paladar.
Fialho d'Almeida.

SEM PAPAS NA LÍNGUA

A cidade hoje já não é o que foi no meu tempo, o que é natural. Mas o pior é que mudou com tal ímpeto que tudo o que era pitoresco vai de gangão desatinado para o esquecimento com passagem pelo camartelo demolidor, e assim já de todo acabaram os carvoeiros onde se bebia o melhor vinho, por tijelas brancas vidradas, e havia quase sempre, para fazer boca, pasteis de bacalhau e uma velha a assar castanhas. Acabaram os carvoeiros substituídos por estabelecimentos de venda de carvão a retalho, revestidos de azulejo e tão penteadinhos que até a gente tem vergonha de lá entrar. Esta gente moderna, com suas higienes e posturices, substituíram as iscas e o pastel de bacalhau por bolos de arroz e brioches e o vinho por leite, não se tendo convencido nunca de que não há raça forte com semelhante alimento e a resultante foi a substituição das touradas pelo futebol e dos homens pelos maricas.
Albino Forjaz de Sampaio.

PASSEAR NA MAIS BELA CIDADE DO MUNDO

PAUSA PARA PENSAR NA VIDA

INSPIRAR FUNDO...

...EXPIRAR TUDO.

A CONVERGÊNCIA DA ALMA E DO ESPÍRITO OU O SABOR A MEL

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ASSIM É QUE É

Partilho o estado de alma no blogue e o estado de espírito no face.

COOL

ME, MYSELF AND I

POSTAIS

Quem escreve um postal escreve logo dois ou três.

SUSPENSÃO

Ainda há escuridão mas já se pressente a luz e ainda há silêncio mas já se vislumbra o som.

CÁ PARA MIM

O momento que anuncia a aurora é o tempo mais propício à leitura e ao pensamento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SOU

Sou pobre, mas bem relacionado.

BLOGO

Blogo, logo existo.

BLOGUE DA NOITE (3)

Um Amor Atrevido, de Sofia Vieira.

BLOGUE DO DIA (103)

Controversa Maresia, de Sofia Vieira.

PARA A MINHA CONFRADE BLOGUISTA SOFIA VAI...

...uma do meu Beatle preferido e tudo!

IMAGEM DEDICADA À MAIOR CÚMPLICE DESTE BLOGUE

Faye Dunaway no papel de Bonnie.

NOTA EDITORIAL

Este blogue está em busca da musa perdida e só se reencontrará quando a achar.

REVIVALISMOS TELEVISIVOS

Nas minhas andanças blogosféricas, tenho dado de caras com uma onda revivalista, no que diz respeito a antigos programas de televisão. Séries que passaram mais ou menos despercebidas, pois tinham apenas um target infanto-juvenil, foram, subitamente, elevadas à categoria de objectos de culto. O mais curioso é que encontramos pessoas nas caixas-de-comentários a trocar opiniões — em tom nostálgico — sobre programas que teriam visto ao mesmo tempo (e sabe-se como a fruição de produtos culturais em grupo gera dinâmicas emocionais fortes); mas, na verdade, a convergência é pouco mais do que surrealista, na maior parte dos casos, pois as séries em causa têm sido repostas ao longo dos anos (a RTP existe desde 1957) e aquele momento que parece único a muitos foi repetido década após década — a preto e branco e a cores —, como no caso do Bonanza, por exemplo. Assim, o dia em que me apaixonei pela Marion, dos «Pequenos Vagabundos», pode não ter sido sequer no mesmo ano em que aquele desconhecido confrade blogosférico padeceu do mesmo mal, por ser de geração muito diferente da minha.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

LIVROS E MULHERES

Há livros para lermos, outros para coleccionarmos, outros ainda para nos fazerem companhia, e até alguns só para mostrarmos. Com as mulheres passa-se exactamente o mesmo.

LIVROS E PESSOAS

O meu exercício mental preferido quando entro numa casa pela primeira vez é observar a posição dos livros na biblioteca e imaginar a relação social possível entre si dos autores que ficam lado a lado nas estantes.

BLOGUE DO DIA (102)

Fio de Prumo, de Helena Sacadura Cabral.

BLOGUE DA NOITE (2)

Criativemo-nos, de Margarida.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

QUELQU'UN M'A DIT...

...APETECIA-ME RECEBER UM MAIL...

SER OU NÃO SER EIS A QUESTÃO

Sou um sedutor seduzido pelas minhas obsessões.

ENCONTRO PERFEITO

BLOGUE DO DIA (101)

Blog de Cheiros, de Rosa.
Com Saudades.

EQUINÓCIO DO OUTONO

Às 21 horas e 19 minutos, entraremos numa nova Estação. O dia terá hoje exactamente a mesma duração da noite: equi-nox. Celebremos pois a chegada do Outono, contemplando a Natureza.

BLOGUE DA NOITE (1)

Nocturno, de Luísa.
Com Saudades.

AGORA APETECE-ME VER ISTO EM LOOP

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DISCO PARA ESTA SEMANA

69 Love Songs, The Magnetic Fields.
Nota: Este delicioso Álbum é triplo — aproveitem-no bem, ouvindo-o de uma ponta a outra, todos os santos dias, e é garantido que entrarão no Outono em Beleza.

ANUNCIANDO O EQUINÓCIO

REMATANDO DEFINITIVAMENTE A QUESTÃO

Depois de três meses de intensivo trabalho de campo no Facebook, estou contente por regressar rapidamente e em força a esta minha base de sempre.

...CONTUDO, ENTENDAMO-NOS EM DUAS COISAS:

1. Quem não está no Facebook não existe socialmente.
2. O Facebook é um óptimo local de angariação de leitores para os blogues.

LITERATURA COMPARADA

Os blogues estão para o Facebook como os grandes romances estão para os folhetins.

DA FELICIDADE

Com um renovado abraço de agradecimento ao meu amigo e colega Zé Pinheiro que disponibilizou este seu belíssimo vídeo da fabulosa canção de Rodrigo Leão.

DA ICONOGRAFIA FEMININA

Preciso dos meus files de filles como de pão para a boca.

LIVRE ILUSTRAÇÃO DO POSTAL ANTERIOR

JOIE DE VIVRE

Ela [Maria Antonieta] era assim como a estrela da manhã, brilhante de saúde, de felicidade e de glória.
In Reflexões Sobre a Revolução em França, Edmund Burke, 1790.
Tendo em mente este mote, vou deitar mãos à releitura da biografia da última grande Rainha de França, escrita por uma Mulher da Sua Linhagem: Maria Antonieta, de Catalina de Habsburgo, edição de A Esfera dos Livros. Cheira-me que fará acentuar significativamente o meu já habitual spleen de Outono, e que me confirmará 1789 como o princípio de todos os males. Mãos à Obra!

LIFE IS HARD AND THEN YOU DIE...

Apetecia-me fazer um check-in, mas tenho é que fazer um check-up.

domingo, 20 de setembro de 2009

ESTOU COM GANAS DE FOTOGRAFAR

UMA QUESTÃO DE CONTEÚDO

Por mais que me piquem, quando me salta a tampa, não sai merda.

NOTA SOLTA (2)

Apetecia-me ter uma boa surpresa na blogosfera, nesta rentrée; mas, para onde quer que me vire, vejo tudo mais morto do que vivo.

NOTA SOLTA

No dia-a-dia, incomodam-me os tipos que estão sempre a mudar de penteado; na blogosfera, incomodam-me os que estão sempre a mudar de cabeçalho.

VOLTAR A FOTOGRAFAR — PONTO-DE-PARTIDA

 Auto-retrato na biblioteca com caixa-de-luz, 2009
Rita Hayworth.
Louise Brooks.
Greta Garbo.
Grace Kelly.
Marlene Dietrich.

Ava Gardner.

sábado, 19 de setembro de 2009

AVISO À NAVEGAÇÃO

Sou um sedutor seduzido por musas, livros, filmes, discos, fotografias, pinturas, blogues, jantares, vinhos, tertúlias, tabacos, festas, casas, jardins, passeios, viagens, paisagens, cidades, jogos, colecções.
Depois, não digam que não avisei...

SIM, SOU EU

Retrato de João Marchante,
tirado por (...),
no Castelo de S. Jorge,
em 1986.

APETECE-ME

DO CLUBE DOS AMIGOS DA SÉTIMA ARTE E DO CURSO LIVRE DE HISTÓRIA DO CINEMA




No momento em que no — por mim fundado e animado — Clube dos Amigos da Sétima Arte (CASA) se acaba de iniciar o 6.º ano lectivo consecutivo do Curso Livre de História do Cinema, leccionado por mim, dedico este belíssimo tema a todos aqueles que, até agora, já frequentaram as suas aulas semanais, nos diferentes grupos e níveis (nem que tenha sido apenas por um dia...). Portanto (se me esqueci de alguém, avisem-me por favor), esta vai para os cinéfilos muito cá de CASA:
Diogo L, António PS, Laura MR, Pedro V, Ana Rita S, Pedro N, Inês VP, Sofia H, Inês GR, Maria L, Jorge CF, Concepcion FM, Francisco A, Lourenço M, Tomaz H, Sofia B, Paulo C, José S, Sofia PB, Francisco M, Cláudia A, Rosário J, Rita C, Ana C, Cristiana CS, Pedro C, João I, Sofia U, Mafalda CP, Pedro BS, Marta B, Patrícia M, Teresa S, Pedro G, Helena P, Marta A, Rory C, Joana F, Álvaro A, Marcelo L, Isabel F, Inês R, Ana Margarida R, António B, João G, António D, Cristina JC, Mariana GS, Miguel C, Isabel JC.
E venham mais 50!

EU NÃO ACREDITO EM BRUXAS, MAS...

Deixei de conseguir entrar na minha conta do Facebook e o meu perfil nessa rede social pura e simplesmente levou sumiço da Internet.

...AO PRINCÍPIO ERA O VERBO...

...CONTINUAÇÃO...

...DOCE HOMENAGEM...

ISTO ESTÁ BONITO...

Não consigo publicar fotografias: nem aqui, nem no blogue colectivo — o botão de «carregar imagens» está morto. Se alguém puder ajudar, agradeço.

BLOGUE DO DIA (100)

Com um beijo especial à Valeriana Impaciente.

EM BUSCA DE UMA NOVA GERAÇÃO

E hoje, mais do que nunca, precisamos de uma geração — no sentido intelectual — una no seu modo de sentir e pensar, sem prejuízo das afirmações individuais que dentro dela possam e devam destacar-se. Tê-la-emos? Se a temos, que se afirme; se a não temos, criemo-la.
Na verdade, porém, depois dos «Vencidos da Vida», que tivemos nós digno de atenção? Os integralistas e os futuristas, saídos da mesma reacção contra a nossa atonia moral, política e intelectual, mas seguindo caminhos diferentes, desencontrando-se e morrendo, finalmente, por formas diferentes.
O Integralismo foi, manifestamente, o movimento intelectual mais interessante dos últimos cinquenta anos da vida portuguesa. Porque falhou? Porque fracassou? (...)
Quando acima digo que o Integralismo fracassou, o verbo deve entender-se no seu sentido relativo. Fracassou como organização de combate; não fracassou, porém, no seu aspecto doutrinário, porque as ideias que propugnou estão hoje na raíz do Estado Novo. (...) No plano doutrinário, com a morte de António Sardinha, o Integralismo Lusitano perdeu o seu Chefe incontestado — e ninguém se sentiu com forças para o continuar.
No plano da acção política, o Integralismo fracassou, e os integralistas dispersaram-se. Se o Integralismo tem permanecido, alguns anos mais como trincheira puramente doutrinária, a sua posição na sociedade portuguesa talvez hoje fosse outra, talvez outro tivesse sido o seu destino...
in Meridiano de Lisboa, Augusto da Costa, Editorial Acção, Colecção Estudos Portugueses, Lisboa, 1943.

DA GUERRA CULTURAL

Precisamos de uma indústria editorial próspera — para que os editores possam pagar, os autores possam escrever, e a língua e a cultura portuguesas continuem a impor o nome de Portugal e da civilização portuguesa. Temos servido demasiadamente de colónia intelectual do estrangeiro: — e ou Portugal não se encontra de facto — ao contrário do que todos os dias nós mesmos, portugueses, afirmamos — em pleno Ressurgimento, ou chegou a hora de nos libertarmos dessa ultrajante situação de colónia estrangeira, no plano da cultura. E aqui, para concluir, direi com Gilberto Freire: — «(...) É que o grande drama de vida e de morte para os povos não é o que decide pelas armas a sorte dos Estados; nem a de regimens políticos. O grande drama é o que decide a sorte das culturas. É a guerra entre culturas».
In Meridiano de Lisboa, Augusto da Costa, Editorial Acção, Colecção Estudos Portugueses, Lisboa, 1943.

PROGRAMA CULTURAL

Perguntaram-me por que razão andava eu aqui ainda a perder tempo e a gastar o meu Latim. A resposta é simples e cristalina:
— Recuso-me a entregar aos meus Filhos um País com uma ditadura cultural de esquerda onde só a direita envergonhada é tolerada. E só quem não quiser ver é que não perceberá que é nos blogues que se faz hoje o que a esquerda fez há três séculos nas tipografias e ainda lhe está a dar frutos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AINDA E SEMPRE

Por pensamento e acção ando na demanda da síntese alquímica entre Tradição e Vanguarda.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

JORNAL DO DIA

BLOGUE DO DIA (99)

Pena e Espada, de Duarte Branquinho.

DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO...

O QUE EU DELIRAVA COM ESTA MIÚDA...!

Debby Harry — Blondie.

sábado, 12 de setembro de 2009

MUSA PROCURA-SE

Para a S. e para a R. — com Saudades...
Este blogue nasceu sem musa mas logo foi tocado por uma que depois deu lugar a outra.
Quase tudo o que aqui escrevi foi inspirado por elas e para elas o escrevi.
Que me perdoem os outros leitores mas é mesmo assim.
Agora sem musa o blogue definha.
Musa procura-se.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

INSISTO

Visitem-me no Facebook. A luta continua lá.

AQUI COM ETERNAS SAUDADES DO FUTURO

O momento que anuncia a aurora é o tempo mais propício à leitura e ao pensamento.

AS SINISTRAS ARTES A QUE TEMOS DIREITO

A partilha das artes já está feita, de comum acordo e com muito senso-comum (abaixo de bom-senso e de bom-gosto, portanto). Há cinquenta anos. Pois é. Ainda no Estado Novo, a criação artística foi entregue, de bandeja, à esquerda (comunistas, católicos progressistas e outros artistas). Pensaram — alguns brilhantes estrategas pré-marcelistas — que, assim, a esquerda não conspiraria politicamente e se manteria entretida. O resultado viu-se. Entrou-nos pela casa dentro...!
Coisa triste, esta, de entender as artes como algo de acessório, sem perceber que as revoluções políticas são sempre precedidas de revoluções culturais. A esquerda sabe-o e pratica-o. Por outro lado, a direita-torta a que temos direito, passou a dedicar-se, nestas coisas das artes, às antiguidades. Conservadora que é, faz conservação e restauro. Restauro de trecos, entenda-se, que a Restauração Nacional dá muito trabalho!
O resultado prático desta situação continua: as novas gerações são formadas e formatadas esteticamente pelos símbolos produzidos pela esquerda — da Arquitectura ao Cinema, da Pintura ao Teatro —, e os meninos e meninas da «não-esquerda» entretêm-se nos salões de velharias...

FIM

O Pensamento sem Acção é impotente. A Acção sem Pensamento é estéril.

MEIO

Tenho desinteresse pela actualidade. Prefiro os temas Intemporais.

PRINCÍPIO

Se eu não tivesse um Ideal ía-me embora e já não voltava.

TRADIÇÃO E VANGUARDA

O salto em frente será sempre dado a partir da espiritualidade ─ e visceralidade ─ que atravessa o Corpo da Pátria.
Foi assim com o Futurismo. Da História para o Futuro, através da Estética.
Olhar e saber ver mais além. Criar novas formas para ideias renovadas e com essas mesmas formas novas recriar mais uma vez as ideias.
Imparável dinâmica.
Com alegria e ironia; mas, com realismo e pessimismo. Com força atlética; mas, com serenidade. Com modernidade; mas, tradicionalmente.
Beber no Passado para voar no Futuro. Sem medo.
O seguro de Vida da Pátria tem Mil Anos.
Novas imagens serão criadas para louvar os Eternos Valores. As palavras bailarão ao som das novas músicas. As belas raparigas redescobrirão o fascínio pelos Heróis do Passado e do Futuro!
A Nação forjou-se na Reconquista e os tempos são ─ de novo ─ de Refundação: Estética, Cultural, e etc e tal.
Cada um procura a sua musa. Cada macaco no seu galho. Cada soldado na sua trincheira.
Encham-se as canetas de tinta permanente ─ de sangue ─ e: escreva-se, escreva-se, escreva-se!
Pintores: Alerta! Façam-se novos retratos e novas paisagens do agora triste Portugal. Tendes a vista toldada, bem sei. Lavai os olhos; e, olhai de novo ─ e: pintai, pintai, pintai! Ai.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ARTE SACRA DE PORTUGAL PARA O MUNDO

O Menino Jesus Salvador do Mundo, 1673
JOSEFA DE ÓBIDOS (1630 — 1684)
Óleo sobre Tela, 95 x 116,5 cm
Igreja Matriz de Cascais.

FUNDAMENTOS PARA A EUROPA

S.S. O Papa Bento XVI tem vindo a construir, pé-ante-pé, mas com passos sólidos e firmes, uma reaproximação ao Leste. Lendo a sua notável e vasta obra, ainda como Cardeal Ratzinger, encontramos o enunciado de um verdadeiro projecto Espiritual e Político para a Europa.
Nas palavras do Seu antecessor, Papa João Paulo II, a Europa tem «dois pulmões» — o Ocidente e o Oriente — e precisa de ambos para Viver. Este, ao ter contribuído decisivamente para a queda do materialimo comunista a leste, abriu caminho para o Velho Continente voltar a respirar com os seus «dois pulmões».
Agora, o Papa Bento XVI avança para o reencontro total com o Oriente, finalizando a missão de reunião da Europa Cristã; neste Papa, encontramos a expressão «duas asas», para designar, por um lado, a matriz romano-católica, herdada pelo permanente Sacrum Imperium Romanum nas suas sucessivas reordenações formais, congregadora dos convertidos reinos franco- germânicos; e, por outro lado, a cultura greco-cristã, que teve em Bizâncio um dos seus últimos redutos, mas que sobreviveu através da deslocação para norte, em direcção à — hoje de novo libertada e reconvertida — Europa eslava, encontrando em Moscovo uma terceira Roma, que projecta a luz do cristianismo até à Sibéria.
Ou muito me engano ou o próximo passo de Sua Santidade será a recuperação do mundo germânico, entretanto separado de Roma pela adopção de uma forma iluminada de cristianismo...
Depois de tudo isto, finda a Sua Missão: — A Europa voará de novo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PENSAMENTO E ACÇÃO

Eu não tenho culpa nenhuma de ser português, mas sinto a força para não ter, como vós outros, a cobardia de deixar apodrecer a pátria.
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS
(1893 — 1970)

SAUDADES DOS HERÓIS

Heróis do Mar.

BELEZA, INTELIGÊNCIA E CULTURA

Revi, recentemente, O Princípio da Incerteza, de Manoel de Oliveira, baseado em Jóia de Família, de Agustina Bessa-Luís. Ambos os autores representam — nas suas diversas obras — a sublimação do humor e do erotismo. Talvez daqui a cem anos os portugueses os compreendam.

domingo, 6 de setembro de 2009

O FUTURO PERTENCE-NOS!

Ainda a propósito das férias de Verão: Foi com agradável surpresa que descobri filhos de amigos meus (estes, há muito acomodados, para não dizer pior) a lerem, apaixonadamente, bandas desenhadas dos fascinantes heróis de Hergé, Edgar P. Jacobs, Uderzo, Goscinny, Jacques Martin. Afinal, ainda há esperança!

OLHAR, VER E APRENDER.

MUDAM-SE OS TEMPOS...

Dantes, as pessoas tinham uma morada para toda a vida; ou, no máximo, duas: a primeira, durava desde que nasciam até que casavam; a outra, depois de saírem de casa dos pais, mantinha-se até à morte. Agora, guardo sempre umas horas na rentrée para actualizar as moradas e telefones (com as modernas variantes de telemóveis e e-mails) de amigos, conhecidos, e colegas. O frenesim dos dias de hoje é de tal ordem que há sujeitos que ocupam várias páginas nas minhas anualmente renovadas agendas, pois faço questão de manter os contactos anteriores: às vezes, voltam à base, vá-se lá saber porquê... Numa perspectiva económica — de espaço e dinheiro (as agendas estão caras) —, um amigo recomendou-me certa vez que usasse lápis e borracha!... Assim, poderia apagar e voltar a escrever, no mesmo sítio, os dados actualizados. Ele assim o fazia. Só não adoptei essa técnica porque escrevo sempre com caneta — de preferência, de tinta permanente e indelével. Para efémero, já basta a futilidade destes tempos saltitantes.

CONSTATAÇÕES DE FÉRIAS (5)

Enquanto uns rapazes da minha idade aproveitavam para se entreter a fingir que praticavam desportos na praia — náuticos e de areia —, e se partiam todos, pois durante o ano só dá escritório, este vosso amigo dedicava-se, perante o espanto e a admiração geral, à estranha actividade da leitura (de preferência, longe do frenesim atrás referido). Coisa bizarra!

CONSTATAÇÕES DE FÉRIAS (4)

As «zaras», as «ikeas», as «fnacs», e as agências de viagens, vieram democratizar as aparências e os gostos: assim, as netas das velhas criadas estão hoje iguais às descendentes das antigas senhoras; e, por vezes, torna-se difícil, para um rapazola menos experiente, descobrir quem é quem — cuidem-se, putos!

CONSTATAÇÕES DE FÉRIAS (3)

Os jovens pais são hoje escravos dos filhos e estão todos muito contentinhos nesse seu triste papel de tolos.

CONSTATAÇÕES DE FÉRIAS (2)

Os mais ricos são os menos finos.

CONSTATAÇÕES DE FÉRIAS

Não basta viajar para ter mundo. O que mais vi foi ignorantes muito viajados.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PORTUGAL JÁ CHEIRA MAL E PARA GRANDES MALES GRANDES REMÉDIOS

«L'Excessive» , Carla Bruni.

ISTO ESTÁ BONITO

Censura?... Na... Isso era dantes — no tempo do "fássismo"...!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CONHECER O PASSADO — AVANÇAR PARA O FUTURO

TETRAPOLAR

A minha Alma atravessa as quatro Estações num só dia.

CONFISSÃO

Confesso ter imensas saudades deste meu blogue.