quarta-feira, 30 de abril de 2008

MULHERES DE ARMAS — I

CAIS DAS COLUNAS

Já se sabe que estamos num país de gente lenta e desconfiada. Por isso não é de surpreender que o que verdadeiramente interessa demore tanto tempo a vir ao de cima. Matreiro e sábio o povo diz: «mais vale tarde do que nunca». Seja. Aplaudo o facto de se começar finalmente a falar — na blogosfera, na rede e nos jornais — do desaparecido Cais das Colunas. Por mim, levantei a lebre logo aqui.

QUE HOMEM QUEREM AS DIREITAS?

Direitas, por Manuel Azinhal. Como complemento, vale a pena ler o diálogo que este mantém com Rui Albuquerque na respectiva caixa-de-comentários.

VAZIO

Estou com uma neura danada e não me apetece dizer nada mas poder escrevê-lo aqui é uma manifestação da liberdade do meu pensamento que não anda ao sabor do vento nem tem limitação alguma mas apenas e só falta de inspiração.

terça-feira, 29 de abril de 2008

MENSAGEM N.º 2222

Para quê? Para quem? Porquê?

CINEASTA PARA HOJE (2)

À espera de uma epifania.

DA PROCURA ÉTICA

O Convidado de Pedra, por Paulo Cunha Porto.
Memória de António de Oliveira Salazar, por João Gonçalves.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

DA PROCURA ESTÉTICA

O que não é um pouco distorcido não tem apelo emocional; disso se segue que a irregularidade, isto é, o inesperado, a surpresa, o espanto, são uma parte essencial e característica da beleza.
CHARLES BAUDELAIRE
(1821 — 1867)

REVISTA PARA HOJE (3)

Ler.
Como complemento à edição em papel, temos diariamente a revista Ler na blogosfera.

AMIGOS

«My Friends», Silence 4.

Mais um notável vídeo do meu colega e amigo José Pinheiro. Em câmara-subjectiva e plano-sequência. Ao meu gosto, portanto. Um abraço para ti, Zé! E, já agora, ouve lá: — Como, quando e onde é que comemoramos os 20 anos do nosso curso? Diz coisas...

Aproveito a deixa para acrescentar que o David Fonseca é, cá para mim, a melhor voz masculina portuguesa a cantar em inglês. Tenho dito.

A despropósito, e à laia de remate: Volta e meia, e vai na volta, sinto-me como a personagem principal do vídeo.

MAR PORTUGUÊS

«Ao Longe o Mar», Madredeus.

Vídeo de José F. Pinheiro.

LIVRO PARA HOJE (47)

Os Lusíadas, Luís de Camões.

FOTOGRAFAR LISBOA

Gosto muitíssimo de ver as imagens fixas da Luísa. Há uma qualquer poesia nas fotografias que ela tira com a sua voyeurística tele-objectiva. A extraordinária nitidez é cativante. A luminosidade cristalina é fascinante. As cores são sensuais e quase palpáveis. Os planos fechados são intimistas e sedutores. E, os detalhes que ela capta são surpreendentes, mesmo para quem conhece bem Lisboa, como eu.
Digo isto com todo o distanciamento objectivo — que me é dado por não conhecer a Autora, e por a fotografia que faço ser totalmente oposta na forma e no conteúdo à sua.

domingo, 27 de abril de 2008

EIS COMO EM DUAS PENADAS...

... Se cumpre a profecia: «gajas nuas e futebol», como temas principais deste blogue. Mais: daqui para a frente, será mesmo um espaço bi-temático, especializado em ambos os assuntos.

DO FUTEBOL

Rui Costa.
Os ingleses dizem, com graça e bem, que o Rugby é um jogo inventado por proletários mas jogado por cavalheiros e que o Football é um jogo inventado por cavalheiros mas jogado por proletários. É, além do mais, uma verdade confirmada pela história das referidas modalidades, tanto lá como cá. No entanto, como é também da praxe, há excepções que confirmam a regra: ei-la — Rui Costa, o príncipe do futebol português.

sábado, 26 de abril de 2008

DIVA À MATINÉE (2)

Emmanuelle Béart.

DA GINÁSTICA GENEALÓGICA

Em jantar social recente, fui encaixado entre duas jovens senhoras. Sabendo eu que o anfitrião, todo ele protocolar e palaciano, não dá ponto sem nó, calculei logo haver afinidades entre nós os três. Confrontado com os nomes — ilustres, mas de paragens distantes — das bonitas vizinhas de mesa, não vislumbrei qualquer ligação a mim, nem à minha gente. Estranhei então que se referissem ambas a antepassados meus, com familiaridade, contando episódios do Alentejo de outras eras. Depois de vários exercícios de ginástica mental da minha parte, solitários e sem sucesso, não hesitei mais, e perguntei-lhes quem eram. Afinal, tratava-se de irmãs — uma loira, outra morena —, e de uma família que conviveu com a minha ao longo de várias gerações; mas, como ostentavam orgulhosamente os apelidos dos senhores seus maridos, longe estava eu de poder adivinhar quem eram. Tudo isto me levou a concluir, mais uma vez, que triste é este hábito, introduzido pelo liberalismo e consagrado pela república, das senhoras adoptarem o nome dos maridos e deixarem cair o do seu sangue — de pai, mãe, e avós. Assim, arriscamo-nos a falar uma noite inteira com primos, sem o saber. Mudem lá isso!

ARTE E VIDA

Soube agora, com espanto e admiração, que uma antiga modelo minha se tornou stripper!

AOS NOCTÍVAGOS

«Because the Night», Patti Smith.

Em nome dos noctívagos incompreendidos, como eu, oiço esta música, encho o peito de ar, e grito a toda a gente:
As nossas noites são melhores do que os vossos dias!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

DIVA À MATINÉE (1)

Brigitte Bardot.

EFEMÉRIDE REAL DE HOJE

Em 1775, nasceu D. Carlota Joaquina. Mãe do último Rei que o Povo verdadeiramente Amou, e aclamou — igualmente neste dia — em 1828. No futuro, ainda se há-de contar a História desta Senhora, e de seu Filho — El-Rei D. Miguel I —, como deve ser. Para já, fica uma feliz evocação aqui, com uma irónica adenda ali. Bravo! E, acoli há mais. Bravíssimo!

DIVA À SOIRÉE (1)

Brigitte Bardot.

LIVRO PARA HOJE (46)

Introdução à Política — O Poder na História (Volume I), de António Marques Bessa e Jaime Nogueira Pinto, Editorial VERBO, Lisboa / São Paulo, 1999.
Agora, que toda a gente fala de política, recomenda-se a leitura de uma obra fundamental, de introdução geral à supradita, como medida higiénica, antes de abrirem a boca. Pode ser que assim não entre mosca nem saia asneira.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A VERDADEIRA AVENTURA

Desligar a televisão e o computador, pegar nos seus filhos e sobrinhos e levá-los a viajar com Blyton, Verne, Twain, Salgari, May, Dumas, Lagerlöf, Dafoe, Swift, Burroughs, Foster, Hergé, Stevenson, Lewis, Tolkien, e por aí fora, por esta ordem ou outra qualquer, no jardim ou em casa, na sala ou no quarto, sem guião e pela mão das grandes obras clássicas destes autores tradicionais e radicais da literatura de aventuras — que estarão sempre muito à frente de qualquer playstation!

LEITURAS EM REDE (10)

— É pá... Queria dizer-te uma coisa...
— Diz.
— Nós lá no blogue gostamos muito de ler o teu.
— Boa.
— Mas...
— Sim...
— Só não fazemos o link por causa daquelas cenas das gajas (que a malta até gosta de ver) e...
— E...
— Daquelas ideias reaças...
— Vai-te foder!

LEITURAS EM REDE (9)

O Tratado de Lisboa visto do NF. Que é como quem diz: desmanchado pelo BOS. Um fartote!

LEITURAS EM REDE (8)

O blogue colectivo 31 da Armada inaugurou uma série de posts intitulada «convidado/a especial». Dá voz a bloguistas, de outras casas, que se esmeraram para o efeito e apresentaram textos de fino recorte. Vale bem a pena ir lá espreitar e procurar os referidos posts.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

UMA MIÚDA QUE PODIA SER MINHA FILHA (1)

Scarlett Johansson.

«DIA DO LIVRO»

Que devo fazer? O meu amor aos livros é diário, permanente e compulsivo... Talvez hoje deva não pegar em nenhum, para navegar contra a corrente. Aproveito a minha onda solitária e ainda experimento o síndroma da privação, para amanhã ter mais vontade. Está decidido.

CAPTAR PRIMEIRO, PARA COMPREENDER DEPOIS

O que não é imediatamente captado, jamais pode ser compreendido.
GOETHE
(1749 — 1832)

OBSESSÃO

Aprender Alemão, para me atirar aos livros, às óperas e aos filmes — nas versões originais — de uma mão cheia de autores que eu cá sei.

REVOLUÇÃO SOCIAL

Deixar de dizer «não tenho tempo» e passar a dizer «não me apetece».

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (7)

Gong Li.

ESTOU COM IMENSA VONTADE DE VER

O último Wong Kar-Wai, com Norah Jones.

VOU GOSTAR DE VER

terça-feira, 22 de abril de 2008

VI E GOSTEI

Na Sic Notícias a lindíssima Ana Lourenço entrevistou o cultíssimo Paulo Teixeira Pinto.

O QUE É QUE A BINOCHE TEM?

Um sorriso doce e um olhar melancólico. É disso que eu gosto.

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (6)

Juliette Binoche.

UM AMOR ATREVIDO

Foi ela, que eu sei (foi ela). Caramba!, eu já vos tenho dito: isto — cá para mim — é do melhor que há!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O BLOGUE

Fosse eu obrigado a escolher um só blogue — para ler lá na ilha deserta, ou noutro sítio qualquer —, e, não hesitaria: seria As Afinidades Efectivas, de O Réprobo. Manter-me-ia, certamente, bem-formado e bem informado. O que se quer, portanto. Um abraço para ti, Paulo, e continua assim.

FILME PARA HOJE (7)

Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (Alemanha, 1922),
de F. W. Murnau.
Gosto de pensar que a sinopse — a que Murnau terá concebido — deste filme é: «O Amor e a Luz dissipam os fantasmas e as trevas». Neste sentido, terá sido uma obra fundadora do Cinema Fantástico de cunho redentor. Mas, já ouvi as maiores barbaridades sobre a matéria, apontando noutras direcções — mais imediatas e superficiais, bem entendido.

DISCO PARA HOJE (19)

Songs for Drella, Lou Reed / John Cale.
Simultaneamente uma biografia e um in memoriam de Andy Warhol, da autoria conjunta dos geniais compositores e intérpretes Lou Reed e John Cale. Este álbum de 1990 é um dos discos da minha vida e ouvi-o dias a fio do princípio ao fim (que é como devem ser ouvidas as obras musicais). Encerrei assim com chave de ouro os meus queridos anos 80, ao mesmo tempo que abria a década de 90.

ILUMINAÇÃO

«Starlight», Lou Reed & John Cale.

TRABALHO

«Work», Lou Reed & John Cale.

FÁBRICA

«Style It Takes», Lou Reed & John Cale.

domingo, 20 de abril de 2008

CASA

«Open House», Lou Reed & John Cale.

Aos membros vitalícios do Clube dos Amigos da Sétima Arte — CASA:
Diogo, António, Pedro, Ana Rita, Pedro, Inês, Sofia, Inês, Maria, Francisco, Tomaz, Paulo, Sofia, Francisco, Cláudia, Rosário, Rita, Ana, Cristiana, Pedro, João, Sofia, Pedro, Marta, Patrícia, Pedro, Helena, Rory, Joana, Marcelo, Isabel...

Saudações Cinéfilas,
Beijos e Abraços,

sábado, 19 de abril de 2008

DECLARAÇÃO DE INTERESSE CULTURAL

Gosto destas miúdas. Só conheço pessoalmente uma, mas gosto delas todas. E não me move um interesse social, pois não ando aqui para socializar, nem tenho pachorra para fazer novas amizades, que já tenho muitas para cultivar. Esta é uma declaração de interesse cultural.

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (5)

Carla Bruni.

GRANDE DESCOBERTA BLOGOSFÉRICA

Descobri um desabafo aforístico certeiríssimo, e que se me cola à pele como só eu sei, da autoria da aNadar e dar-se:
há uma ligeira diferença entre o dar e o dar-se.
eu quando
dou não fico à espera de retribuição - o gosto em dar, traz-me gratificação suficiente.
agora, quando
me dou, exijo retribuição na exacta intensidade.
poderá ser exigente, mas é o que quero para mim.
Por estas e outras, vou passar a estar batido no seu Meia Volta, que só hoje descobri (às vezes, penso que ando a dormir).

LEITURA SEMPRE INTELIGENTE

O que de mais importante se escreve na blogosfera, não escapa a esta Gente: as melhores recensões estão n'O Insurgentepara ler, calmamente, no fim-de-semana.

GANDA MALHA!

Ó Joaninha: és mesmo uma queridinha — se tivesse uma filha, tinha de ser como tu (e olha que tenho idade para isso)...! Este som rasga-me mesmo todo, e o vídeo é uma trip!... Obrigadão e um beijão.
Nota: E podes — e deves — tratar-me por João, que essa coisa do «JM» é um coche cabalística...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (4)

Björk.

MANO-A-MANO

O meu blogue individual e o meu blogue colectivo preparam-se para atingir — segundo os respectivos contadores —, practicamente em simultâneo, as 30000 visitas. Muito peixe vem a esta rede...!

A POUCO E POUCO...

Por estes dias, a seguir à meia-noite, na RTP 2, vale bem a pena passar os olhos pela série documental A Guerra, de Joaquim Furtado, que faz um interessante uso das imagens de arquivo da RTP. Muito haverá ainda por fazer e dizer sobre este tema da Guerra do Ultramar; mas, para já, só quem não quer não perceberá que Portugal conseguiu um feito único na História Universal Militar: manter três frentes de guerra, em simultâneo, sem contacto entre elas, a milhares de quilómetros da metrópole, durante treze anos. Compare-se com as passinhas do Algarve que os americanos estão a passar no Afeganistão e no Iraque, só para termos um termo de comparação. Vai-nos valendo os melhores investigadores académicos estrangeiros — ingleses, norte-americanos, e outros — estarem hoje fascinados com tão heróico feito militar e darem-no como exemplo superior de estratégia e táctica nas maiores Universidades e Academias Militares. Pode ser que a seguir a moda pegue por cá e venhamos finalmente a conhecer e dar valor à nossa História Militar dessa época.

GOSTEI TANTO DE A REVER...

Monica Bellucci.
... até decidi repetir a dose...

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (3)

Monica Bellucci.

O FIM DE UMA ÉPOCA

Falei, no postal anterior, do há muito desaparecido cinema «Star» e veio-me logo à cabeça o recém-fechado «Quarteto». Vi lá — a par da Cinemateca Portuguesa — os mais determinantes filmes para a minha formação como cinéfilo, acompanhado sempre de pessoas que amavam igualmente as fitas, e com quem eu ficava animadamente pela noite dentro discutindo-as. Entretanto, encerrado o «Quarteto», e como um mal nunca vem só, Pedro Bandeira Freire morre com o seu cinema. Eurico de Barros evoca-o no Diário de Notícias (tomei conhecimento do texto, aqui, em O Carmo e a Trindade). Cada vez mais, resta menos da minha Lisboa.

UM DELICIOSO FLASHBACK NA NOITE!

A Sofia Vieira dá-nos de bandeja La Boum (França, 1980), de Claude Pinoteau, com Sophie Marceau — «uma miúda da minha geração», já se sabe, porque nascidos no mesmo ano, e que foi crescendo comigo nas salas de cinema. O filme desfila agora à minha frente como se eu o estivesse a ver de novo pela primeira vez, que terá sido no desaparecido e saudoso cinema «Star», na avenida Guerra Junqueiro. Como não há duas sem três, pergunto agora: que será feito da (também) Sofia, com que aí vi a fita no Verão de 1982?

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO

O fim do comunismo em Itália, visto por Pedro Mexia, em A segunda queda.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ANTI-TIMING

Amigos são aqueles que respondem à chamada quando precisamos deles. Traidores são aqueloutros que fogem nesses mesmos momentos. Para os primeiros vai o meu Amor. Para os últimos o meu desprezo.

TIMING

Há coisas assim: Esta dedicatória chegou mesmo no dia em que eu precisava de um grande miminho. Um grande beijinho para ti, MIN.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

DO CINEMA DE DIMENSÃO ESPIRITUAL

Todos os países têm o seu «cineasta de mulheres». Encontrá-lo, e beber-lhe da filmografia pessoal, é meio caminho andado em direcção aos mistérios do «eterno feminino». Curiosamente, ou talvez não, esses autores são sempre simultaneamente os maiores trágicos das respectivas cinematografias nacionais. Caracterizam-se ainda por superarem, nos seus filmes, as limitações mortais do erótico amor físico e do inocente amor platónico, através da redenção propiciada pelo «amor louco», que é todo ele síntese — de corpo e alma — total, porque fruto da força transgressora e libertadora — logo, criadora — da «paixão», no seu profundo significado etimológico (passio), que nos convoca para a sacrificial dimensão do «sofrimento» pelo outro. Cristo na Cruz — morrendo pelos homens — é O mais alto exemplo do que digo.

DO CINEMA PORTUGUÊS

«Lopes Ribeiro, o Senhor Cinema», de Eurico de Barros, no Diário de Notícias.

SURREALIZAR POR AÍ

Indo eu no meu tranquilo passeio nocturno a pé, velho conhecido de antanho, rapaz ocupadíssimo e de sucessos materiais múltiplos, pára, em grande estilo, o seu bruto espada junto a mim, e atira: «Ouvi dizer que tens um blogue, de que é que trata?» Sabendo-o apreciador de respostas objectivas e de interesses práticos, não resisti: «De gajas nuas e futebol.» A resposta não se fez esperar: «Porreiro, pá! Tinham-me dito que era só intelectualices. Logo vou lá espreitar!» Presumo que, entre as suas complexas tarefas económicas, tenha arranjado um furinho, e ande agora por aqui.

terça-feira, 15 de abril de 2008

DIÁLOGOS OBSCENOS (5)

Diz a trintona queque e semi-analfabeta:
— Olá! Até que enfim o vejo. Há tanto tempo que não nos vimos.
Responde o minimamente letrado e inveterado mulherengo:
— Viva! Também gosto de a ver; mas, quanto ao resto, por mim, não me queixo.

DO SÓSIA (2)

«Mais Vale Nunca», GNR.

... mais vale nunca mais crescer...
... agora é a doer...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

VER PARA CRER

Por estes tempos presentes, por circunstâncias variadas, relacionadas com a vida dos próprios, tenho vários velhos amigos lisboetas espalhados pelos quatro cantos do mundo: Brasil, Estados Unidos da América, Alentejo, Açores, Angola, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Timor, etc e tal. Coisa curiosa é serem os que estão mais longe precisamente os que menos usem a internet para comunicarem com aqueles que ficaram em Lisboa. Estranhíssimo até é constatar que a maioria das mensagens electrónicas que recebo vem de gente que mora a pouco mais de dois ou três quarteirões de mim. No entanto, cheguei a uma explicação simples para isso: a actividade de comunicar à distância precisa de ser selada — pelo menos de tempos a tempos — com beijos e abraços reais, e conversas olhos-nos-olhos, a fim de realmente matarmos saudades uns dos outros, e verificarmos se (ainda) estamos na «mesma onda»; não podendo passar a esta fase de «confirmação», a curto prazo, acabamos por só falar com aqueles que podemos ver.

E A VENCEDORA É...

Quando o Site Meter (na coluna da direita, em baixo) marcar 30000 visitas (está quase...) convidarei para jantar quem me tiver enviado — começa a contar agora — a para mim mais «importante» (eis uma palavra que urge recuperar) mensagem de correio-electrónico a propósito deste blogue.
Nota 1: Aquando das 10000 visitas fiz o mesmo e correu muitíssimo bem.
Nota 2: As mensagens de correio-electrónico destinadas ao efeito deverão ter como título/assunto: «Concurso». Escusado será dizer que só abrirei as provenientes de bloguistas e conhecidos, que isto aqui não é o da Joana.

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (2)

Sophie Marceau.

DE ESPERA

De espera se constrói a nossa vida
um silêncio de outono anunciado

o desflorar da primavera perto

Mas como cansa tristemente cansa
naufragar no tremor do mesmo sonho
e amanhecer anoitecendo assim

Não silencio para sempre o canto
porque respiro nos teus olhos a
fluência do encontro desejado

E do teu corpo nasce o meu poema
o fruto a ser pousado sobre a mesa
a cadência dos dias de amanhã


António Salvado

domingo, 13 de abril de 2008

MEMÓRIA CURTA E HISTÓRIA CORTADA

Na próxima quarta-feira — 16 de Abril — assinalam-se os 100 anos do nascimento da mais importante figura do Cinema Português e do Cinema em Portugal: António Lopes Ribeiro. O pobre país cultural, que temos hoje, prepara-se para deixar passar a data em branco. Eu fiz o que pude, Preparando um Centenário.

ALERTA, LISBOETAS!

Dei no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural — lugar propício a estabelecer afinidades electivas, à boa maneira de Goethe — os passeios mais marcantes da minha vida, mas isso agora não interessa nada. Fundamental é os lisboetas verem a «Exposição do concurso de ideias “Parque Mayer/Jardim Botânico/Edifícios da Politécnica e área envolvente”», e tomarem uma posição, antes que os patos-bravos, que se têm entretido a dar cabo da outrora belíssima Capital do Império, lixem o que resta da Lisboa Romântica. Depois, não digam que eu não avisei.

LIVRO PARA HOJE (45)

Love's Alchemy: Poems from the Sufi Tradition, traduzido do Persa para o Inglês por David e Sabrineh Fideler, edição New World Library, Novato, California, 2006.

COMEÇAR A SABER SABOREAR VIVER

«Absolute Beginners», David Bowie.

Dedico este tema musical às minhas queridas amigas quarentinhas e aos meus caros amigos quarentões que alcançam o total sentido do título do postal e navegam comigo nos mesmos mares. Beijos às primeiras e abraços aos segundos.

EXPOSIÇÃO A NÃO PERDER

DA DIARÍSTICA EM LINHA

Sendo certo e sabido que os autores de diários alimentam sempre o desejo secreto de ser lidos pelos seus contemporâneos, não há nada como usar esta possibilidade de escrita na rede. Assim, aqui, além de se poder pôr as ideias e os factos do dia-a-dia em comum em tempo real, tem-se a enorme vantagem de recolher de imediato estímulos provenientes da interacção com os leitores. Para a partilha dos pensamentos mais íntimos e confessionais — que, à partida, deveriam ficar guardados na gaveta ou apenas ser dados à estampa post-morten — resta o estimulante exercício da escrita codificada, com pistas destinadas a interlocutores cúmplices.

COISAS QUE ME ILUMINAM O EGO

Um sobrinho Filipado, de doze anos, chegado a minha casa acompanhado dos meus filhos, entra no meu escritório, para me vir falar; e, antes de mais nada, estando eu a ouvir isto, dispara: «— Grande som, tio!».

sábado, 12 de abril de 2008

PARA A COMPREENSÃO DA ARTE QUE CELEBRA A ALIANÇA DO HOMEM COM O MUNDO NATURAL

Contemplemos com olhos de ver a misteriosa Natureza de Portugal: Janeiro, Fevereiro, Março.

JÁ SE SABIA QUE ESTETICAMENTE SOU GREGO, FICOU-SE A SABER QUE ESTOU BEM ACOMPANHADO

Mas através dos séculos vemos que de Adriano a Hölderlin e de Hölderlin aos nossos dias os homens procuram retomar o caminho grego. Por isso em Poliedro Murilo Mendes escreve: «Nunca escaparemos a esses gregos.» Por isso Luckas parte de Homero, Nietzsche de Ésquilo, Heiddeger dos pré-socráticos. E se para Pessoa Caeiro é o mestre é porque em Caeiro ele vê um grego.
In O Nu na Antiguidade Clássica, de Sophia de Mello Breyner Andresen.

ESCOLHER: LONDRES

«London Calling», The Clash.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

DA INTUIÇÃO E DO MISTÉRIO NA COMUNICAÇÃO

Leitor que me ouves és eu, porque me entendes, sou tu porque te falo.
LEONARDO COIMBRA
(1883 — 1936)

PENSADOR PARA HOJE E SEMPRE — II

Leonardo Coimbra.

CONFESSO

Este meu blogue individual está cada vez mais intimista e pessoalíssimo. Espanta-me, portanto, ou por tão pouco, que venha cada vez mais gente cá espreitá-lo.

O BLOGUE FEITO PELAS SUAS LEITORAS

O amor é sempre de salvação, os amores é que às vezes são de perdição.
Nota: Frase recebida por correio-electrónico (na sequência dos dois postais anteriores), de leitora devidamente identificada.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

TUDO

A gente das cidades pergunta-me em que país do mundo florescem, em Dezembro, as bouças e montados.
Respondo que é em Portugal, no perpétuo jardim do mundo, no Minho, onde os inventores de deuses teriam ideado as suas teogonias, se não existisse a Grécia. No Minho, ao menos, se buscariam águas límpidas para Castálias e Hipocrenes. No Minho, a Citera para a mãe dos amores. Nos arvoredos desta região de sonhos, de poemas, e rumores de conversarem espíritos, é que os sátiros, os dríades e os silvanos sairiam a cardumes dos troncos e regatos: que tudo aqui parece estar dizendo que a natureza tem segredos defesos ao vulgo, e como a entreabrirem-se à fantasia de poetas.
In Amor de Salvação, de Camilo Castelo Branco.

TUDO OU NADA

L'amour n'a point de moyen terme: ou il perd, ou il sauve.
VICTOR HUGO
(1802 — 1885)

BOM DIA (42)

«Touch Me», The Doors.

ESTADO DE ALMA — VII

Chama na cama.

ESTADO DE ALMA — VI

Cama que chama.

ESTADO DE ALMA — V

Chama na alma.

ESTADO DE ALMA — IV

Alma em chama.

ESTADO DE ALMA — III

Lama na alma.

ESTADO DE ALMA — II

Alma na lama.

ESTADO DE ALMA — I

Não me apetece ler, não me apetece escrever, não me apetece mexer; e, o que me apetece fazer, não posso dizer.

VENHAM MAIS CINCO

No dia em que todos os meus amigos tiverem blogues, estarei realizado; pois, poderei, logo ao acordar e antes de adormecer, espreitar-lhes os estados de alma. Para já, é uma amiga de longa data, mas sempre jovem, gira e divertida, que chega à blogosfera; e, afirma, a abrir, que é possível saber viver numa multidão.
Um beijo para ti, miúda.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

LIVRO PARA HOJE (44)

Adagiário Português, selecção e prefácio de Fernando de Castro Pires de Lima, edição Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho — Gabinete de Etnografia, Colecção Cultura e Recreio, Lisboa, 1963.
A pensar neste post — todo ele português —, da Curiosa. Recebe um beijo, miúda.

DE TARDE

Naquele «pic-nic» de burgueses,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

CESÁRIO VERDE
(1855 — 1886)

terça-feira, 8 de abril de 2008

DO DOCE SABOR DO BELO-SEXO

«Just Like Honey», The Jesus and Mary Chain.

DOS CICLOS DA VIDA

Quando entrei para o Liceu, lembro-me de achar estranhíssimo o meu Pai dizer: «uma rapariga da minha geração», referindo-se a mães — então com 40 anos — de amigos meus, suas conhecidas de há longa data. Agora, dou por mim a fazer exactamente o mesmo, em relação às minhas amigas, com a agravante de lhes chamar miúdas.

ABRIL ÁGUAS MIL (A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA) — II

«Happy When It Rains», The Jesus and Mary Chain.

POETA PARA HOJE (4)

Mário de Sá-Carneiro.
Foi aos dezanove anos de idade. Tudo teria sido diferente, na minha vida, se eu, num desses dias, não tivesse deitado mãos à sua obra toda. Para muito melhor ou para muito pior. Ainda hei-de descobrir. Agora, embalado pela cidade adormecida — purificada pelo vento e redimida pela chuva —, mergulho de novo na sua poesia. Noite rasgada. Insónia vencida. Aurora ganha.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

ABRIL ÁGUAS MIL (A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA) — I

«I'm Only Happy When It Rains», Garbage.

DO SENTIDO DA ARTE

O perturbante poder hipnótico do auto-retrato de Aurélia de Souza — o melhor da Pintura Portuguesa — deixou-me sem respiração, e só agora aqui venho para alinhar estas palavras. Se, por um lado, acredito na Arte que serena e tranquiliza, por outro, sou todo do lado da Arte que fascina desassossegando. Terrível família estética esta, à qual pertenço, em que o Belo não é o bonito nem o giro.

domingo, 6 de abril de 2008

OLHAR E SABER VER

Auto-Retrato, c. 1900
AURÉLIA DE SOUZA (1866 — 1922)
Óleo sobre Tela, 45 x 36 cm
Museu Nacional Soares dos Reis, Porto.

LIVRO PARA HOJE (43)

Tratado sobre a Pintura, Leon Battista Alberti.

IT'S ONLY A NUMBER BUT I LIKE IT

Estou no Blogger desde Dezembro de 2006 e tive 3.616 consultas ao meu «perfil».

DAR TEMPO AO TEMPO — III

«Romeo & Juliet», Dire Straits.

DAR TEMPO AO TEMPO — II

O tempo encarrega-se das pessoas: as más, afastadas; as boas, tornadas amigas para a vida.

DAR TEMPO AO TEMPO — I

O tempo encarrega-se das memórias: as más, eliminadas; as boas, transformadas em (e)ternas recordações.

MULHERÃO PARA HOJE (1)

Rita Hayworth canta «Put the Blame on Mame» no filme Gilda (E. U. A., 1946) de Charles Vidor.

PINTORA PARA HOJE (2)

Aurélia de Souza.

sábado, 5 de abril de 2008

BOM DIA (41)

«Fico assim sem você», Adriana Calcanhotto.

ANTES DO SURREALISMO, O ROMANTISMO

Um post lindo de morrer — todo ele gótico —, da Isabel.

TROPEÇO DE TERNURA POR TI

É simples a separação.
Adeus.
Desenlaçado o último abraço, uma pressa de dar costas um ao outro.
Já não há gestos. O derradeiro (impossível) seria não desfazer o abraço.
Pressa de cada um retomar o outro na teia lenta da remembrança.
Não desfazer o abraço. Ficar face encostada ao niagara dos cabelos.
Sobram fotografias, voz no gravador, um bilhete na caixa do correio. Sobra o telefone.
Tensão-telefone. Experimentada. Sofrida.
Tensão-telefone. Possibilidade de voz não póstuma.
No gravador, voz de ontem, de anteontem. De há anos.
Sobra o telefone. Mudo.
Retininte?
Sobrarão as cartas. Sobra a espera.
Na teia lenta da remembrança, retomo-te em memória recente: na praia de ternura onde nos enrolámos e desenrolámos desesperados de separação.
Sobra a separação.
ALEXANDRE O'NEILL
(1924 — 1986)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

BOLINHA VERMELHA

Roberto de Moraes conta-nos oito histórias do Capuchinho Vermelho e do Lobo. Só para Homens de barba rija e Mulheres à séria. A evitar absolutamente de ler às criancinhas, sob risco de elas não mais dormirem. Prosa grafada com pena de aço.

O QUE ME APETECIA MESMO AGORA ERA

Meter-me num avião e bater Nova Iorque de lés-a-lés. Ora vejam lá se as dicas da excelente revista L Magazine não são apetitosas? Patrícia: Prepara aí o couch, para este surfer!

DISSEMINAÇÃO FOTOGRÁFICA

Peixe Fora d'Água, de João Marchante, Galeria da Associação dos Arquitectos Portugueses [Ordem dos Arquitectos, agora], Edifício dos Banhos de S. Paulo, Lisboa, 1998.
Foi a minha primeira exposição individual de fotografia. Hoje, passados dez anos, 15* das 29 fotografias, que compunham a exposição, encontram-se em colecções privadas. É bom saber que há um bocado de mim dentro da casa de alguém.
*Número que vai sendo actualizado.

TOMAR O PULSO À SITUAÇÃO

Quando quero saber realmente o que se passa no mundo, leio o Jorge Ferreira.

LER NA REDE

A revista Ler, dirigida de novo por Francisco José Viegas, já tem um blogue. A edição em papel é já a seguir.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

SPOT PARA HOJE (1)

O melhor mirante privado de Lisboa. Graças ao Tomaz Hipólito.

LIVRO PARA HOJE (42)

O Pensamento e a Obra de Afonso Botelho [Actas do Colóquio sobre o Pensamento e a Obra de Afonso Botelho, organizado pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em 1997, acrescidas de mais alguns textos sobre o filósofo saudosista, um texto inédito seu, uma bibliografia activa e passiva de Afonso Botelho, e a sua filmografia], edição Fundação Lusíada, Colecção Lusíada — Ensaios, n.º 33, Lisboa, 2005.

PENSADOR PARA HOJE E SEMPRE — I

Afonso Botelho.

PENSAMENTO PARA HOJE (2.º)

As crianças não vivem nem entendem os valores românticos porque estes da morte estão próximos, mais do que do amor.
AFONSO BOTELHO
(1919 — 1996)

PENSAMENTO PARA HOJE (1.º)

O padre liberta-nos do mal, o filósofo do erro e o médico da doença.
AFONSO BOTELHO
(1919 — 1996)

JARDIM PARA HOJE (5)

Jardim da Estrela.
Porque faz hoje anos.

PARA UMA EDUCAÇÃO ESTÓICA

O meu «filme para hoje» de ontem passa hoje na Cinemateca.

DA FODA ARTÍSTICA

Miss Woody a bombar!

TÃO PERTO, TÃO LONGE

«Push Your Head Towards The Air», Editors.

If I lay face
down on the ground,
would you walk all over me?
Have we learn't
What we set out to learn?
well then love we will see

Now don't drown in your tears, babe
Push your head towards the air
Now don't drown in your tears, babe
I will always be there

When you fall and you,
Can't find your way,
Push a hand up to the sky
I will run just to,
To be by your side,
Don't you ever bat an eye

Now don't drown in your tears, babe
Push your head towards the air.
Now don't drown in your tears, babe
I will always be there

"But I will tear the price from your head,
And keep you from harm" thats what you said.
Theres people climbing out of their cars
Lining the roadside,
Try to glimpse at the dead

Now don't drown in your tears, babe
Push your head towards the air.
Now don't drown in your tears, babe
I will always be there

quarta-feira, 2 de abril de 2008

COISAS DE UMA PRIMAVERA QUE PROMETE SER QUENTE

Romântico que sou, continuo fiel às cigarrilhas Romeo y Julieta, mas troquei as «Mini» pelas «Club», pois preciso de coisas mais fortes.

FILME PARA HOJE (6)

LIVRO PARA HOJE (41)

Marquês da Bacalhoa, António de Albuquerque, prefácio de José-Augusto França, edição Imprensa Nacional — Casa da Moeda, colecção Biblioteca de Autores Portugueses, Lisboa, 2002. (1.ª edição de Janeiro de 1908.)
Um livro terrível! Depois dele, desolado e deprimido, vejo-me obrigado a mergulhar no Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes, e nas várias biografias de Mouzinho de Albuquerque que possuo. Vem-me ainda à cabeça um aforismo sentido, mas mal parido, que aqui escrevi.

VISITAS, VISITAS, HÁ MUITAS VISITAS

Pelos «referrals» do contador (Site Meter) deste vosso estaminé, fico a saber que houve alguém que cá veio parar porque escreveu «crise dos quarenta» num motor de busca (Google). Parece-me bem. Haveria, certamente, hipóteses piores para aqui vir desaguar. Espero poder ser útil nessa hermética matéria.

terça-feira, 1 de abril de 2008

DIVA NO DIVÃ

La Femme au divan noir, 1865
JEAN-JACQUES HENNER (1829 — 1905)
Óleo sobre Tela, 93 x 180 cm
Musée des Beaux-Arts, Mulhouse.

PARECE MENTIRA

Mas é verdade. Já estamos em Abril. E cheira-me que vai ser um mês sempre a abrir.