sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

HÁ MALES QUE VÊM POR BEM, OU...

Deus escreve direito por linhas tortas. A Polaroid deixou de fabricar câmaras e película. Todas as exposições de Fotografia que fiz — três individuais e três colectivas — tiveram na Polaroid o seu eixo central. Não é uma maneira de dizer. Uso, na minha linguagem como artista visual, um processo criativo que tem na Polaroid a sua chave. Não vou agora aqui revelar esse meu pessoalíssimo processo, por não ser este um lugar para dissertações teóricas de carácter estético e técnico; e, só por isso, pois não se trata de nenhum segredo trancado a sete chaves. Aliás, os meus trabalhos nessa minha forma de expressão artística passaram hoje a objecto de Arqueologia, com o anunciado fim da Polaroid. Ficam para a história, nesta técnica, algumas dezenas de peças da minha autoria, espalhadas por várias colecções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro. E, então, qual é o bem que daqui vem ao Mundo? Ora bem, por mim... — Darei, finalmente, o salto para a fotografia digital. Seja o que Deus quiser!