quinta-feira, 26 de abril de 2007

LISBOA DE OUTRAS ERAS (AI, QUEM NOS DERA) — ROSSIO

A Tendinha

Junto ao Arco do Bandeira
Há uma loja, a Tendinha,
De aspecto rasca e banal.
Na história da bebedeira
Ai, aquela casa velhinha
É um padrão imortal.
Velha Taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que manténs a tradição.
Velha tendinha
És o templo da pinguinha
Dos brancos, da ginginha
Da boémia e do pifão.
Noutros tempos os fadistas
Vinham já grossos das hortas
Pr'ó teu balcão caturrar
E os boémios e os artistas
Íam para aí a horas mortas
Ouvir o fado e cantar.

Fado A Tendinha, com letra de Raúl Ferrão e música de José Galhardo, que Amália Rodrigues cantou na sua apresentação no Olympia de Paris.